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Escolas de Samba

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A Deixa Falar, do bairro do Estácio, é considerada, historicamente, a primeira escola de samba do Rio de Janeiro. Fundada em 1927, reuniu “bambas” do samba como Ismael Silva, Alcebíades Barcelos (Bide) e Nilton Bastos. No entanto, há quem afirme que a agremiação foi, na realidade, um bloco carnavalesco e, mais tarde, rancho. O título de escola de samba teria sido conquistado por ter sido fundado por sambistas considerados “professores do novo tipo de samba”. Depois vieram a Estação Primeira de Mangueira, a Unidos da Tijuca e tantas outras.O surgimento de várias agremiações acabou despertando a idéia de uma disputa entre elas.

Foi o jornalista e diretor do Jornal Mundo Sportivo Mário Filho (a quem também é atribuído à criação da crônica esportiva moderna no Brasil e a construção do Estádio do Maracanã, cuja obra acabou recebendo seu nome), que criou, em 1932, o primeiro desfile das escolas de samba, realizado na Praça Onze, e introduziu o regulamento na competição. A repercussão foi tão grande que no ano seguinte o desfile passou a fazer parte do programa oficial do carnaval.Em 1934, as agremiações se apresentaram no Campo de Santana, em homenagem ao Prefeito Pedro Ernesto e decidiram fundar a União das Escolas de Sambas. Naquele mesmo ano surgiu o primeiro Rei Momo, chamado na ocasião de “carne e osso” pelo fato de estar representado por uma pessoa e não mais por um boneco de papelão.

Em 1935 as escolas de samba foram oficialmente reconhecidas e tiveram que legalizar suas situações na Delegacia de Costumes e Diversões, onde receberam alvará de funcionamento e foram registradas como Grêmios Recreativos, passando a receber subvenção da prefeitura. A partir daí, surgiram várias entidades com o objetivo de organizar ainda mais os desfiles como a União Geral das Escolas de Samba, a Federação das Escolas de Samba, a União Cívica das Escolas de Samba e a Confederação das Escolas de Samba. Em 1952 com a fusão da Federação e da União Cívica deu-se origem à Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (AESCRJ).

Em 1960 Fernando Pamplona e sua equipe formada por Dirceu e Marie Louise Nery, Arlindo Rodrigues e Nilton Sá, iniciaram no Salgueiro um trabalho que revolucionou a estética dos carnavais das escolas de samba com o enredo Quilombo dos Palmares; no ano seguinte a Mangueira também inovou e levou para a avenida amplificadores para sonorizar o samba cantado por Jamelão.

Em 1962, com a construção de arquibancadas na Avenida Rio Branco e a venda de ingressos ao público deu-se início a um processo de comercialização irreversível; em 1963, o desfile atingiu o auge do romantismo e foi transferido para a Avenida Presidente Vargas; em 1968, com a gravação do primeiro LP de sambas-enredo, deu-se início ao investimento artístico do espetáculo e a “invasão” do ritmo nos salões; em 1975 (três anos depois da criação da Riotur Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro S/A), estabeleceu-se um novo critério de pagamento às agremiações carnavalescas, que passaram a assinar um contrato de prestação de serviços; a partir de 1976, a Beija-Flor furou o bloqueio das “quatro grandes” (Portela, Mangueira, Império e Salgueiro) e conquistou um tricampeonato. As escolas de samba desfilaram em vários palcos que eram montados e desmontados a cada ano. A instabilidade de uma localização impulsionou as apresentações para vários pontos do Centro da Cidade: Praça Onze, Candelária, Mangue e avenidas Rio Branco, Presidente Vargas, Presidente Antônio Carlos, Graça Aranha e Marquês de Sapucaí. Cada um desses pontos testemunhou a história e registrou a evolução do carnaval carioca até a construção da Passarela do Samba, o palco definitivo, no dia 02 de março de 1984.Além da construção da Passarela do Samba, o ano de 1984 também marcou o início de uma nova era na história do carnaval carioca com a fundação da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA). As dez maiores agremiações desligaram-se da Associação das Escolas de Samba e passaram a fazer parte dessa nova entidade com a nomenclatura de Grupo Especial. A partir daquele ano, a LIESA passou a ser responsável por toda a parte artística do desfile deste grupo, cabendo a Riotur os demais procedimentos legais para a sua realização. As demais escolas continuaram a ser subordinadas à Associação das Escolas de Samba e, conseqüentemente, a Riotur.


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